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Magnetoterapia

Magnetoterapia

A terapia magnética actua através da colocação de ímans em determinados pontos acupunturais de modo a restabelecer o equilíbrio do organismo. As técnicas de diagnóstico e a filosofia de tratamento é idêntica à praticada em acupuntura, mas em vez de agulhas são utilizados ímans, o que advoga a cada vez maior popularidade desta terapia, ainda pouco conhecida em Portugal.

 

       

 

Entre os vários benefícios desta terapia está a sua simplicidade e rapidez de aplicação, a ausência de efeitos secundários e a possibilidade de ser usada em conjunto com outras terapias, como Shiatsu, Moxabustão e Ventosas, assim como tratamentos estéticos, não interferindo com quaisquer prescrições médicas, além de, após a primeira consulta, o tratamento poder ser continuado em casa, sob indicação do terapeuta.

Breve História

A utilização terapêutica dos campos magnéticos é muito antiga, sendo praticada na Índia Védica, designadamente na colocação dos pacientes e convalescentes na direcção Norte-Sul, aparecendo mencionada na mais antiga compilação sobre medicina chinesa, o Huang di Neijing ou O primeiro cânone do Imperador Amarelo, século V a.C., para tratar hemorragias, paralisia e reumatismo. Também os Egípcios conheciam o poder de cura do magnetismo, dizendo-se que Cleópatra usava uma pedra magnética na sua fronte para conservar a aparência jovem.

 

Na realidade, a palavra magnetismo deriva do grego magnes lithos,”pedra da Magnesia,” região da Tessália onde abundam rochas com propriedade magnéticas. Fontes clássicas como Aristóteles, Plínio, o Velho e Galieno louvam o poder curativo da terapia magnética. Ali Abbas, médico persa do século IX, usava o magnetismo para tratar espasmos de músculos, doenças ortopédicas e gota.

 

Na Europa do século XVI, Paracelso aconselhava o uso de ímans para energizar o organismo e tratar desde diarreia e inflamações à epilepsia. Na Inglaterra do século XVII, William Gilbert, médico da corte que tratou a artrite da rainha Isabel I com magnetismo, publica o primeiro ensaio científico sobre este fenómeno: De Magnete, Magneticisque Corporibus et de Magno Magnete Tellure (sobre o magnetismo nos corpos magnéticos e sobre o grand íman, a Terra). No final do século XVIII, a terapia magnética conheceu novo impulso com o trabalho de investigação de Franz Anton Mesmer, médico e matemático que desenvolveu métodos de tratamento que se tornaram tão populares, não só pelo efeito curativo mas pela encenação esotérica do seu autor, a ponto de originar o termo mesmerizar: “magnetizar, encantar, fascinar”, por vezes usada como sinónimo de charlatanismo.

 

Não obstante o mal-entendido provocado pela personalidade exuberante de Mesmer, esta terapia via-se mais tarde confirmada cientificamente por duas obras: em 1843 surge o ensaio científico de Immanuel Eydam sobre as aplicações terapêuticas dos campos magnéticos, Electricity and Magnetism e em 1878, a obra de W. Waldmann, Der Magnetismus in der Heilkunde, “o magnetismo na saúde”. Seguiram-se-lhe inúmeros trabalhos de investigação até praticamente à II Guerra Mundial, quando esta terapia se considerou finalmente obsoleta em presença do desenvolvimento dos tratamentos químicos e dos antibióticos.

 

Não obstante, países como o Japão, a Rússia e a China continuaram a investir na investigação e desenvolvimento desta área terapêutica que conta cada vez mais com mais adeptos, sendo hoje oficialmente reconhecida e aprovada em 45 países.

Base teórico-científica

Segundo a Física moderna, a massa em si, não existe. O que existe é um jogo de atracção e repulsão, ou seja, um equilíbrio entre diferentes polaridades, num “vazio que respira”.

 

Sabe-se actualmente que os campo magnéticos têm importantes efeitos na saúde de todos os organismos vivos. Desde cada átomo ao próprio planeta Terra, com os seus pólos Norte e Sul: o magnetismo é algo inerente e fundamental à vida.

 

A insuficiência ou ausência de um campo magnético provoca a diminuição das partículas subatómicas e a consequente diminuição drástica dos átomos em qualquer sistema. Este processo causa a despolarização das células e dos elementos nutritivos que sofrem uma sobrecarga de iões positivos, o que se traduz no desequilíbrio dos organismos.

 

Qualquer processo inflamatório consiste numa acumulação de iões positivos, motivo pelo qual, a exposição a campos magnéticos suplementares regulariza essa polarização e restitui o equilíbrio bioenergético, promovendo o alívio da dor e a melhora de muitas patologias.

É também por isso que nos sentimos geralmente muito bem e com uma sensação de energia renovada junto ao mar e na presença de cascatas naturais. Tal não se deve apenas à beleza da paisagem, mas ao facto de se tratarem de lugares onde o ar está particularmente carregado de iões negativos, e consequentemente, de muitos benefícios terapêuticos: normalização da pressão arterial, alívio de stress, melhora do metabolismo aeróbio e fortalecimento do sistema imunitário (Jiang, Ma & Ramachandran, 2018).

 

A sujeição a um campo magnético externo gera uma força electromotora que afecta o organismo. Tendo em conta que o campo magnético terrestre é incomparavelmente mais forte do que o do corpo humano, as mais pequenas alterações na sua densidade acabam por afectar-nos.
Vários estudos apontam a diminuição actual do campo magnético terrestre, que se deve não só a factores naturais, mas também à intervenção do ser humano no meio ambiente, designadamente através da construção de estruturas que alteram a condutibilidade do solo, como pavimentos de asfalto, estruturas metálicas e construções em betão.

 

Se, por um lado, essas alterações são uma realidade sobretudo nos grandes centros urbanos, por outro lado, somos constantemente sujeitos a campos electromagnéticos artificiais e sobrecarregados de nocivos iões positivos como os derivados dos telemóveis, de computadores e da televisão. Na opinião de Kyoichi Nakagawa este quadro está na origem de várias perturbações orgânicas e patologias modernas, que designa como síndroma de deficiência de campo magnético e que parece explicar o sucesso da magnetoterapia em pacientes nos quais falham outras terapias.

 

Nos tecidos vivos encontram-se 3 formas de magnetismo – ferromagnetismo (FE, Ni, Co), paramagnetismo (Al, Cr, Mg, Pd, Pb, K, O) e diamagnetismo (Sb, Bi, Hg, Ag, S, Sr, Zn, H, N, vitaminas com excepção da B12). As próprias células cerebrais incluem entre os seus constituintes magnetite, um mineral formado por óxidos de ferro (Fe₃O₄) que capta e emite emanações magnéticas.

 

Os campos magnéticos suplementares promovem a dilatação dos vasos sanguíneos e o consequente aumento da circulação nas áreas afectadas o que permite o seu descongestionamento e a remoção de vários agentes que contribuem para a dor e inflamação (bradicinina, prostaglandinas e histaminas). Outros efeitos importantes são a maior oxigenação dos glóbulos brancos, com o consequente reforço do sistema imunitário e a maior produção de hormonas reguladoras, quando aplicado nas zonas correspondentes, como é o caso da melatonina por activação da glândula pineal – melhorando a qualidade e os ciclos de sono – ou da hidrocortisona por estímulo das glândulas supra-renais – combatendo processos inflamatórios. A magnetoterapia, ao recarregar a polaridade natural das células, contribui ainda para reforçar a energia física, a força e a vitalidade.

Benefícios

• Restaura a energia física e a vitalidade
• Reforça o sistema imunitário
• Activa a circulação sanguínea
• Estimula a actividade enzimática
• Activa a cicatrização da pele
• Tonifica as fibras elásticas
• Tem um efeito regenerador celular
• Ajuda na consolidação de fracturas
• Efeito anti-espasmódico nos tecidos musculares lisos e estriados.

Indicações

• Doenças oftálmicas
• Dores musculares
• Diabetes
• Acne, eczema, psoríase,
• Alterações da tensão arterial
• Transtornos menstruais, cistite
• Edema, atrofia muscular
• Insuficiência hepática
• Disfunção da vesícula biliar
• Nevralgias, reumatismo, artrite
• Cefaleia, insónia, estados depressivos
• Impotência sexual
• Hemorróidas

Contra-indicações

Contra-indicada em casos de pacientes com pace-makers e situações clínicas que requeiram intervenção médica imediata. Não deve ser realizada magnetoterapia quando o paciente tem o estômago cheio ou está sob o efeito de álcool ou drogas.

 

Esta terapia é também desaconselhada a mulheres grávidas ou em fase de aleitamento, estados de fraqueza extrema e crianças até aos sete anos de idade. Os casos de hipertensão também devem ser observados com cuidado, sendo preferível optar por outras terapias, como o Shiatsu, a Auriculoterapia ou a Reflexologia.

Em que consiste uma sessão de Magnetoterapia?

A consulta é iniciada com a observação do paciente e várias perguntas de diagnóstico, procedendo-se depois ao reconhecimento das zonas em desequilíbrio pelo exercício de uma pressão suave com as mãos, estando o paciente deitado numa marquesa.

 

Após identificados os pontos em desequilíbrio, desinfecta-se a pele e procede-se à aplicação dos adesivos magnéticos nas zonas correspondentes. O tratamento dependerá de cada paciente e do quadro clínico que se apresente. No espaço InnZen, procedemos também ao tratamento magnético indirecto, sobre uma gaze de algodão e ímans móveis na presença de pacientes com propensão a reacções alérgicas. Associamos igualmente com frequência a Ventosaterapia e a Magnetoterapia, sempre que necessário, através da aplicação de ventosas equipadas com magnetos.

 

       

 

Após o tratamento, são dadas recomendações ao paciente para continuar o tratamento em casa, no sentido de o tornar ainda mais eficaz. A magnetoterapia tem a vantagem de, após a primeira consulta, o tratamento poder ser continuado em casa, sob indicação do terapeuta, podendo os discos magnéticos ser adquiridos no espaço InnZen. Dispomos também de palmilhas magnéticas de reflexologia que, colocadas dentro de qualquer calçado, permitem potenciar o tratamento e prevenir a reincidência da sintomatologia.

 

A duração normal da sessão é de 60 m e o número de sessões aconselháveis para o tratamento depende de cada caso. Depois de uma sessão de magnetoterapia é aconselhável consumir mais líquidos do que o habitual para facilitar a eliminação de toxinas, mas devem ser evitadas as bebidas frias durante pelo menos três horas após a sessão.

Preço

35€

Artigos Científicos

Marcinkowska-Gapinska, A.et al. 2013,
Analysis of the Magnetic Field Influence on the Rheological Properties of Healthy Persons Blood, BioMed Research International


Guia Practica de Magnetoterapia Medica
, William H. Philpott, 1994,

https://books.google.pt/books?id=OY2Y9U3A62QC&printsec=copyright&redir_esc=y#v=onepage&q&f=false


The scientific basis for magnet therapy analytical research report,
https://www.item-bioenergy.com/infocenter/ScientificBasisMagnetTherapy.pdf


Health technology assessment of magnet therapy for relieving pain, J.. Arabloo
et al., 2017, https://www.researchgate.net/publication/318734484_Health_technology_assessment_of_magnet_therapy_for_relieving_pain


Magnetic field deficiency syndrome and magnetic treatment, Kyoichi Nakagawa,
http://4data.ca/ottawa/archive/health/biomagnetic.html


Magnet Therapy: Magnetic Fields Can Affect The Body’s Functioning, W. H. Philpott, D. K. Kalita,
https://innerself.com/content/living/health/healing-disciplines/4781-magnet-therapy.html


Magnet therapy for the relief of pain and inflammation in rheumatoid arthritis (cambra): a randomised placebo-controlled crossover trial, S. J. Richmond, 2008,

https://www.researchgate.net/publication/23254660_Magnet_therapy_for_the_relief_of_pain_and_inflammation_in_rheumatoid_arthritis_CAMBRA_A_randomised_placebo-controlled_crossover_trial


Magnet therapy and acupuncture, S. Labo, 2011,
https://www.pdfdrive.com/magnet-therapy-and-acupuncture-e19083604.html


Static magnet therapy for pain relief: a critical review, W. C. Mundell, 2013,
http://www.oapublishinglondon.com/images/article/pdf/1387323516.pdf


Negative Air Ions and Their Effects on Human Health and Air Quality Improvement
, S.-Y. Jiang, 2018,
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6213340/